sábado, 28 de junho de 2008

OPERADORAS DISPUTAM MERCADO DE IPHONE NO BRASIL

A ferrenha disputa entre Claro e Vivo pelo iPhone 3G é muito mais que uma briga convencional para ver quem traz primeiro ao Brasil o produto que virou coqueluche no mundo inteiro. Nos bastidores dessa concorrência, está em jogo uma possibilidade de ouro de aumento de receita. Em países onde o iPhone está presente de forma significativa, a receita de dados ou de serviços de valor agregado, ou seja, tudo menos voz, chega a ser 30% superior na comparação com o usuário de outros aparelhos. “O maior trunfo do iPhone é a interface, a facilidade e a simplicidade, o que estimula o uso dos serviços de dados. Por isso, todas as operadoras querem trazer o iPhone”, ressalta David Toledo, analista de informações de telefonia móvel da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações.
Por enquanto, a Claro confirmou que trará o iPhone 3G ao Brasil em julho e a Vivo, nos próximos meses. A Oi informou que tem interesse em comercializar o iPhone em suas lojas, desde que o modelo de negócio seja adequado à sua estratégia de vender aparelhos desbloqueados. “Para o cliente, um iPhone desbloqueado tem mais valor que um iPhone bloqueado”, informou a Oi em nota. Segundo David Toledo, TIM e Brasil Telecom também manifestaram interesse, mas é preciso ter escala para trazer o iPhone ao Brasil. “De nada adianta a Vivo e a Claro trazerem o iPhone por US$ 199 e a TIM por US$ 399, por exemplo. Vivo e Claro, por meio de suas controladoras, a América Móvil e a Telefônica, conseguiram fechar contratos nas mesmas condições, o que as outras concorrentes não vão conseguir”, observa. O preço oficial do iPhone 3G anunciado pela Apple foi de US$ 199 para o de 8 gigabytes de memória e US$ 299 o de 16 gigabytes. “Na Europa, há a especulação de que o iPhone seja vendido por até um euro”, observa.
Apple/Divulgação
Segundo Toledo, estima-se que no Brasil existam cerca de 300 mil iPhones desbloqueados em operação. “Em junho de 2007, eles não chegavam a 10 mil”, observa. As operadoras não divulgaram o preço do iPhone 3G. Analistas estimam que o aparelho trazido pela Claro fique acima de R$ 2 mil, contra a média de R$ 1,5 mil do mercado paralelo. Mas o especialista acha essa projeção conservadora. “Acredito que o preço do aparelho pré-pago fique abaixo de R$ 1 mil pois, no Brasil, existe a cultura de subsídios de aparelhos, principalmente pela Claro e pela Vivo”, afirma Toledo.“O consumidor brasileiro é ávido por novidades tecnológicas e temos registrado nos nossos resultados, nos últimos meses, um crescimento consistente na utilização de serviços mais sofisticados de dados. A comercialização do iPhone deve potencializar ainda mais esta tendência em nossa base", afirma Roberto Lima, presidente da Vivo. Luiz Gonzaga Leal, diretor-regional da TIM em Minas, ressalta a mudança do perfil de uso dos serviços de valor agregado. “Há dois anos, 90% da receita era proveniente de mensagens de texto (SMS). Hoje, transmissão de fotos via multimídia e download de músicas e vídeos já respondem por mais de 50%”, diz. Consumidores que estão à espera do iPhone 3G, como o artista plástico Saulo Senra, acreditam em melhoria dos serviços das operadoras. “Por causa da velocidade de acesso maior, acho que a qualidade dos serviços de telefonia será superior”, diz. “O iPhone também vai criar mais independência em relação ao celular, pois, como o aparelho oferece acesso à internet sem fio com a tecnologia Wi-fi, poderei acessar a rede de graça em muitos locais, como shoppings, em Belo Horizonte”, afirma.
esperamos que as outras operadora tragam logo para termos um preço mais justo!!!


Edivando Pereira da Fonseca

Nenhum comentário: